![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgSTzh2nVnPtinvdFXOibVPABEn6GuK2unPu4z2zeM6XNAnSylwpHKVJ6aUqxumBO2aKRj1jKO5buyZwrr-1nz84dfkb0Ru4uTs5yJzC6b7fUJVtYRHpyNGkXcpRVeCQlYQMOfPA/s400/jocelyn-bain-hogg-the-firm-16.jpg)
Entre os olhares de Jocelyn Bain Hogg (imagem de cima), fotógrafo, e o de Robin Schwartz, fotógrafa, pode-se descrever um arco que vai da violência à doçura. É o que as imagens sugerem e corresponde a instintos estereotipados que relacionamos mais directamente com os homens e as mulheres. Se entrarmos nos territórios dos dois profissionais ficamos a saber que ele privilegia universos extremos (tecnicamente extremos até, como na série de close-ups intitulada Muse) e ela opta por cenários domésticos e inofensivos. Então onde se ligam as duas imagens para além do facto de mostrarem cães numa das metades do enquadramento? É que não obstante as aparentes violência e doçura são imagens que como todas estabelecem uma relação. E que pressupõem uma educação. Os animais reagem a alguém que já conhecem e que não temem porque confiam. São por isso imagens afectivas que significam mais que as aparências. São estas imagens que fazem parar a nossa atenção. O seu sentido imediato abre para outro sentido.