1.23.2012

500 mil quê?

















Abordei um dos principais promotores de concertos da nossa praça, preparava-se para fazer compras no supermercado, perguntando-lhe porque não tinha trazido cá os Black Keys, que até tinham estado na Europa no início do ano? A gente já se conhecia vagamente, que os meus impulsos não vão tão longe. Acrescentei que facilmente encheriam um espaço como a Aula Magna, ao que ele sorriu dizendo que os Black Keys cobram 500 mil euros (ou seriam dólares?) por concerto. Na altura desculpei-me com a minha ingenuidade mas fiquei a matutar na verba. 500 mil quê? Valor que me soou quase tão ultrajante como o ordenado que Eduardo Catroga vai auferir na EDP acumulado à reforma que tem já... Os mesmos Black Keys que na peça da Uncut de Fevereiro falam da primeira carrinha que compraram para ir para a estrada, que lhes custou 4 mil dólares que à época pareceu um investimento gigante. Confesso a minha perplexidade perante o quadro de proporções e prefiro acreditar que os Black Keys, apesar dos temas que chegaram ao cinema e à televisão, apesar de serem considerados das maiores bandas rock da actualidade, não se tornaram assim tão caros. Que foi tudo tanga ou bazófia de promotor.

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