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Eis o derradeiro plano de The Fountainhead/ Vontade Indómita (1949), de King Vidor, não mais lacuna de topo na minha cinefilia. O homem no cimo do mais alto prédio de Manhattan. O homem tão alto como o mais alto edifício da cidade. A ascenção de Dominique Francon (Patricia Neal) até Howard Roark (Gary Cooper) é a suprema erecção que eu jamais vira tão intensa e subjugadoramente representada no cinema. A imagem que aqui vêem é por assim dizer o clímax do individualismo: a verticalidade do mastro que não abana, ao contrário da roupa que se agita por acção do vento. Roark colocado ali é como bandeira que assinala a absoluta intransigência da sua integridade. Vontade Indómita é o filme mais macho que alguma vez vi. A impassividade granítica de Gary Cooper é figuração de homem que deixa sem fôlego qualquer homem. Masculinidade ostensiva que envergonha qualquer mercenário, qualquer exterminador. Perguntei para um dos lados como se consegue uma segurança como a de Howard Roark? Respondem-me que vem com os genes. Quem não tem genes não tem génio.