11.16.2009

Afinal era o Carvalhal















José Eduardo Bettencourt apregoa surpresas que já não nos deviam espantar. O presidente que temos é um paridor de ratos. A sua boca, para citar outro dirigente, morre pelos ratos que engole. O mais recente chama-se Carlos Carvalhal. Carvalhal fazia alegadamente parte da short-list do Bettencourt Award for Next Coach, e a escolha recaiu sobre si porque tanto André Villas-Boas como Jorge Costa, alegadamente, declinaram o convite sportinguista. Se não temos outra ambição que esta, eu teria ido logo ter com Carvalhal, dos três nomes a opção menos sofrível – gostamos de verdes, mas a concepção de um treinador verde tem limites – e o único que se encontrava desobrigado contratualmente. Tenho a certeza que a apresentação do treinador será coroada de elogios e de novas promessas de conquistas por vir. Outros ratos que Bettencourt terá de engolir cedo ou tarde, e que terão sabor tanto mais amargo quanto mais escassos forem os ajustes do plantel na próxima reabertura do mercado. Bettencourt procura dourar com discursos a realidade cinzenta do nosso futebol profissional. Os que o ouvem são cada vez menos. Os que o contestam produzem um cada vez maior ruído. Posto isto, Carlos Carvalhal é o novo treinador. Será o meu treinador enquanto resistir, e merece o benefício de todas estas dúvidas.

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