(...) Disseque as suas motivações, mais profundamente! Achará que alguma vez alguém fez algo totalmente para os outros. Todas as acções são auto-dirigidas, todo o serviço é auto-serviço, todo o amor é amor-próprio. – As palavras de Nietzsche fluíram mais rapidamente, e prosseguiu célere. – Parece surpreendido com este comentário? Talvez esteja a pensar naqueles que ama. Cave mais fundo e descobrirá que não os ama: ama, isso sim, as sensações agradáveis que o tal amor produz em si! Ama o desejo, não o desejado. Assim, permita que lhe pergunte de novo: por que me pretende servir? Pergunto-lhe, novamente, doutor Breuer – aqui a voz de Nietzsche tornou-se severa: – quais são as suas motivações?
[Quando Nietzsche Chorou, Irvin D. Yalom, págs. 117/118, Saída de Emergência, 2005]
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