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Mesmo assumindo-se que os resultados de Tulpan são anedóticos do ponto de vista ficcional, a integração do espaço real no filme – com tudo o que isso acarreta de animais, crianças e outros disturbios naturais – produz efeitos de uma vitalidade rara no cinema narrativo. Sergei Dvortsevoy têm genuina paciência de pastor, e a sua câmara mostra total disponibilidade para as manifestações do mundo natural nosso estranho contemporâneo. Homens e bestas que coabitam num determinado "canto do paraíso", onde aquilo que o espectador cosmopolita toma por ameaça há muito que caracteriza a resilência do povo da estepe. No cinema de Dvortsevoy, o registo do real é o que mais ordena. A gente das planícies áridas do Cazaquistão come tornados ao pequeno-almoço.