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Eles têm o som. Isso é primordial. Têm a elevada capacidade técnica exigida pela música que praticam: metal progressivo melódico. Em termos líricos, mantêm-se dentro da gramática do gótico, criando narrativas épicas a partir dos desgostos irremediáveis da existência de qualquer ser romântico: és um romântico, estás basicamente fodido, mas se tens de viver com essa condenação entrega-te à queda sumptuosa no abismo. Deixa atrás de ti um rasto de fogo, que ao ser olhado por uns antecipará aquilo que outros vêem já. A tua imagem fossilizada num bloco de gelo. O disco de estreia dos Painted Black saiu no ano passado, e se não fosse notável eu não teria dado pela sua existência. Há também um videoclip que diz bem do bom gosto da banda, mesmo quando se apropria de material alheio.