11.02.2006

Gostaria de dar-te




















«Gostaria de dar-te, Namorada, aquela madrugada em que, pela primeira vez, as brancas moléculas do papel diante de mim dilataram-se ante o mistério da poesia subitamente incorporada; e dá-la com tudo o que nela havia de silencioso e inefável – o pasmo das estrelas, o mudo assombro das casas, o murmúrio místico das árvores a se tocarem sob a Lua.»

[da crónica "Poema de Aniversário", in Para Viver um Grande Amor, Crónicas e Poemas (Companhia das Letras)]

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