3.01.2010

Carácter


















A última semana, com as vitórias sobre o Everton e o Porto que resultam de exibições inspiradas, marca novo tempo decisivo na história acidentada do Sporting 2009/2010. Tão decisivo quanto os momentos da saída de Paulo Bento ou da contratação de Carlos Carvalhal, que devo admitir não motivou o meu entusiasmo. Desta dupla vitória que tomei como bofetadas em cada uma das faces, só consigo tirar uma conclusão. Carvalhal, um peão que tem sido jogado com pouca decência, provou ter um grupo de jogadores com ele. A configuração desse conjunto começa nos habituais titulares, estende-se ao lote dos convocados, e deixa de parte aqueles que me parece terem-se há muito demitido de uma entrega profissional à competição. No lugar do presidente do Sporting (tentação que acorda em qualquer sportinguista de nervo), o dilema a enfrentar reparte-se por estes cenários: revolucionar o plantel e trazer um treinador que dê nova cara ao futebol da nossa equipa, ou proceder a alguns ajustes mantendo Carlos Carvalhal. Se tivesse de decidir já, optaria pelo segundo cenário. Até porque sinto inclinação por figuras de carácter, coisa que Carvalhal sempre mostrou ter: tanto nos desaires como nos triunfos.

Arquivo do blogue