
Foto: LeRoy Grannis (who else?)
Quando José Tolentino Mendonça se lhe refere como sendo «um dos mais belos livros da poesia portuguesa», deve estar a pensar em linhas como estas:
É essa a nossa natureza: buscar incessantemente a felicidade num feixe de luz que nos transporta para um passado que até pode não ter existido como o vemos hoje. Pouco importa. É esse passado, reescrito e reinventado, que recordamos. O correr dos tempos intensifica esse retorno difuso às sensações de quando estávamos crianças, surpreendidos com a descoberta.
[O Sal na Terra, de Pedro Adão e Silva, pág. 45]