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O segredo reside na homofonia, os sons despistarão o mais atento. E quando ouvi Leisure Zones estava longe de relacionar o Bernd e o Burnt. Trata-se do primeiro título elencado na discografia oficial de Burnt Friedman, em 1995, ainda com a identidade primeira, registo ambiental/industrial notável, que o músico recomenda que seja escutado a um nível idêntico ao do ruído exterior: de noite, ao adormecer, ou na manhã seguinte. Paisagens sonoras que remetem para o trabalho paciente de William Basinski ou dos Nurse With Wound (circa Salt Maria Celeste). Obra-prima que embora date do século passado, marcará este meu ano de audições. Como pretendo ir escutar Burnt Friedman mais Jaki Leibezeit, em Setembro, no Maria Matos, e independentemente do seu percurso de prestígio pouca ligação manter com a tela vaporosa de outrora, não conseguirei separar o encontro do maravilhamento causado por esse momento original. Bernd já era enorme, antes de ser Burnt.