![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD9xDsfzUo9rVNOLmu625bBa_YlB01TJ57H0QEztYe32RVmwhr0HC7tA4ordIhmqT4haCk40HSlQNHYKdpxO3yk68r0ZaUXjdcijUkgoFTuXWJBfebQensFJy388xU8MMR8UaYYw/s400/halfnelson_1.jpg)
Gostei de Half Nelson pois achei-o absolutamente honesto na caracterização dos seus personagens (e situações), a braços com os mesmos conflitos de existência que qualquer um de nós. Half Nelson insere-se na tradição mais genuína do cinema independente americano, que terá John Cassavetes por figura tutelar. O filme de Ryan Fleck fez-me lembrar imenso o cinema de Cassavetes. Este dizia que só valia a pena filmar se o fizéssemos de modo pessoal e se lá colocássemos as nossas dúvidas, as nossas inquietações, as nossas ideias. É isso que observamos em Half Nelson, onde a impermanência dos estados de espírito (a deriva...) é uma constante. Onde nada é ostensivamente enfatizado. E o resto são as formas do cinema (espaço + tempo) que separam os muitos que olham dos poucos que procuram ver.