3.09.2012

Grow up and grow old















Parece que se Wes Anderson continuar a fazer o género de filmes que tem feito, o direito a ser chamado de representante do jovem cinema americano não se lhe despegará mais da pele. Moonrise Kingdom vai abrir a próxima edição de Cannes e os disparates repetem-se. É o mesmo que continuar a classificar Camané como uma das principais vozes do novo fado. Opinião preguiçosa que no que respeita ao realizador esquece o óbvio. Anderson é um nostálgico pelo tempo em que o cinema representava a aventura dentro e fora da tela. Um pouco como aquilo que suspeito ser o resultado de Tabu, de Miguel Gomes, admirador da obra do norte-americano e cujos filmes foram apodados de regressivos. Como se evocar a infância da arte não fosse a melancólica consciência do paraíso perdido. Os mais novos não pensam assim. Os que já nasceram velhos é que sim.

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