2.17.2011

Teoria do second best


























Depois de se ter descoberto o melhor, qualquer abordagem ao universo do metal perde por comparação. Get Thrashed (2006), mesmo assim, impressiona pelo conjunto de depoimentos reunidos, sabendo-se que os músicos desta área (a excepção é Dave Mustaine dos Megadeth, que encontrou num certo culto da personalidade forma de rebater o episódio da sua saída dos Metallica por alturas do Kill 'Em All) são extremamente directos e objectivos. Rick Ernst, produtor, realizador e montador, opta de igual modo por uma contextualização toda ela informativa, ao contrário de Sam Dunn que filtra a história do género pela sua própria vivência de "metalhead". O que Get Thrashed sacrifica de subjectividade (um ponto de vista) compensa em esclarecimento, e nisto a tradição americana do documentarismo é imbatível. Aprende-se sempre bastante a ver repetidas vezes este tipo de objectos, afinal muito idênticos entre si. E estabelece-se até associações com o momento presente, pois sempre que os Slayer surgiam na imagem, de imediato pensava na situação clínica muito grave que vive o guitarrista da banda Jeff Hanneman (taxa de mortalidade a rondar os 20%...), substituído entretanto, espera-se que temporariamente, por Gary Holt dos Exodus, outra das principais figuras de Get Thrashed.

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