![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivAOcaz-4S-t_72wiAqWFbjkeQJ0GAPiGq6ezDzF2gCCbWU9dkM7B0Y5qObcXNbVQKw38lY4-48Q852G-_3QzI0l9PWGl8CivP6Qc1oI5Vk3eN_8CduftY3roQI_i5irNjVz5Cdw/s400/416_wolf_centre_04_416x300.jpg)
O livro é sobre o professor de filosofia que comprou uma cria de lobo que foi sua grande companhia enquanto o bicho viveu, cerca de 11 anos. Não entrei no reduto filosófico do texto, mas o carácter inseparável de tão inusitada relação está fundamentado. O lobo não é um animal de estimação e só em parte as práticas que desenvolvemos com cães podem ser-lhe adaptadas. Brenin acompanhava Mark para todo o lado: nas aulas, e foram várias as universidades onde Mark ensinou, ou nas deslocações quando havia jogo de rugby (os companheiros de equipa de Mark aproveitavam a curiosidade suscitada pelo animal para engatar miúdas). A cada manhã acordava-o com a pujante língua áspera e húmida, colocava-se aos seus pés sempre que Mark se sentava para escrever, ou de noite quando repetia o prazer que a garrafa de Jack Daniel's traz engarrafado. As primeiras cinquenta páginas parecem encaminhar-nos para o estado de espírito com que o resto do livro deve ser lido. (Provavelmente, a continuar.)