3.04.2008

Conte



















Voltei a falar muito de Paolo Conte nestes últimos dias. Essemésses a altas horas da noite, quando não existe ninguém por perto para partilhar um entusiasmo; conversas - melhor seria dizer, devaneios - com o responsável da Libritalia que me vendeu o precioso Wonderful - caixa de 3 CD's que registam todo o Conte da fase inicial: 1974/1983 - e a quem confessei que não gostaria de morrer sem ter assistido, ao vivo, a um concerto do poeta-músico-pintor de Asti e, mais confessei ainda, que gostava de vir um dia a escrever a biografia de Conte mas que até preferia que alguém já o tivesse feito por mim (parece que não...): até porque o desejado curso de italiano terá de ficar adiado, por razões agora materiais, talvez para o Outono. Perguntar-me-iam vocês: mas gostas mesmo tanto assim do Paolo Conte? Respondo: o suficiente para trocar qualquer concerto deste ano (The National, Magnetic Fields, Tom Waits se tal hipótese se colocasse) por uma noite, aqui ou em qualquer parte, com as milongas tristes e todas as variações em jazz deste homem gentil.

Paolo Conte é, um exemplo, isto:

Perché la vita è tenerezza (ternura)
Perché si muore di tristezza (tristeza)
Perché la vita è tenerezza
Le mogli degli altri non amano me

Lo scapolo (O celibatário*)


* Mas o celibatário pode ser apenas um homem cheio de si próprio.

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