9.28.2012
Passeando o cão
De cada vez que me calha passear o cão fantasio com os primeiros segundos desta cena. Dura apenas alguns segundos, porque logo a realidade se me impõe, assim como um virtuosismo que nunca existirá na minha vida. Certas coisas são melhores vividas dentro, enquanto levamos o cão a passear e a fantasia dura não mais que segundos. E o Pessoa, em que pensará o Pessoa?
Cinecartaz
... e hoje, no cinema Nuovo Sacher, em Roma, o filme Reality, de Matteo Garrone, com sessões às 15h45, 18h, 20h15 e 22h30.
9.27.2012
A jukebox de Bob Dylan
«The jukebox in the place showed mostly jazz records. Zoot Simms, Hampton Hawes, Stan Getz, and some rhythm-and-blues records - Bumble Bee Slim, Slim Galliard, Percy Mayfield. The Beats tolerated folk music, but they really didn't like it. They listened exclusively to modern jazz, bebop. A couple of times I dropped a coin right into the slot and played "The Man That Got Away" by Judy Garland. The song always did something to me, not in a stupefying, tremendous kind of way. It didn't summon up any strange thoughts. It just was nice to hear. Judy Garland was from Grand Rapids, Minnesota, a town about twenty miles away from where I came from. Listening to Judy was like listening to the girl next door. She was way before my time, and like the Elton John song says, "I would have liked to have known you, but I was just a kid." Harold Arlen had written "The Man That Got Away" and the classic "Somewhere Over the Rainbow," another song by Judy Garland. He had written a lot of other popular songs, too - the powerful "Blues in the Night," "Stormy Weather," "Come Rain or Come Shine," "Get Happy." In Harold's songs, I could hear rural blues and folk music. There was an emotional kinship there. I couldn't help but notice it. The songs of Woody Guthrie ruled my universe, but before that, Hank Williams had been my favorite songwriter, though I thought of him as a singer, first. Hank Snow was a close second. But I could never escape from the bittersweet, lonely intense world of Harold Arlen. Van Ronk could sing and play these songs. I could, too, but never would have dreamed of it. They weren't in my script. They weren't in my future. What was the future? The future was a solid wall, not promising, not threatening - all bunk. No garantees of anything, not even the garantee that life isn't one big joke.»
Bob Dylan Chronicles.
9.26.2012
9.25.2012
Parte de mim
Ontem enquanto caminhava para casa com uma garrafa de vinho numa das mãos e um pacote de guardanapos na outra, ocorreu-me uma boa ideia que partilho de borla. Penso que a generalidade das pessoas sente algum embaraço por transportar uma garrafa de vinho à vista de todos. Preferimos muitas vezes um saco, e não apenas por motivos práticos. Como país produtor e consumidor de bons vinhos, a campanha devia mostrar homens e mulheres de todo o tipo, adultos de diferentes idades, que caminham com passo firme e decidido, levando consigo uma garrafa de vinho. A atitude geral deverá estar entre um orgulho moderado e uma quase ausência de autoconsciência. Como se aquilo para eles se tivesse tornado habitual, algo em que não reparam mais, longe do desconforto de quem não quer ser olhado como um alcoólico. E a fechar uma qualquer frase do género, "Vinho é cultura. Parte de ti."
9.24.2012
As faces do caimão
Podemos dizer de O Caimão (2006), por dificuldade em classificá-lo, que se trata de uma comédia sofisticada. A sua arte é a de fugir ao propósito claro e a um registo cómodo para o modo de o encararmos. Quando assim é devemos procurar agarrá-lo pelo todo, evitar que nos ludibrie com a mistura de partes, e passar ao título, O Caimão. Não importa o que seja um caimão, mas o que o nome sugere. Um réptil de grande porte, como um dragão, que muda de aspecto de acordo com a sua conveniência, como um camaleão.
Camaleónica longa-metragem de Nanni Moretti, portanto, que enxuga a baba viscosa do caimão com material finíssimo, embora não ostensivo nas qualidades: camurça talvez. Como abordar uma personagem omnipresente da vida italiana contemporânea, que governou sob vários poderes? Mostrar somente a Itália tal como Sílvio Berlusconi a via e a fez transformar-se implicava um empobrecimento humano que o cinema de Nanni Moretti não podia suportar. Daí o registo camaleónico de O Caimão, para fazer coabitar realismo, hiper-realidade e fantasia.
A pequena história que é grande, a do produtor Bruno Bonomo (homem bom), suas vicissitudes em movimento escapista continuado; e a grande história que é miserável, retrato da governação populista levada a um extremo de reality-show. O combate que Moretti leva a cabo em O Caimão, luta pelo triunfo da imaginação desbragada e dos sentimentos individuais inseridos numa sociedade de mau espectáculo. Moretti secundariza Berlusconi para dar a ver como o delírio inocente é inofensivo para todos excepto o próprio (Bonomo), que despertará a tempo de recuperar o melhor de si mesmo. Já Berlusconi, ídolo plástico das massas, provocou estragos seríssimos de que a Itália se ressente ainda.
Moretti nutre uma fixação por barcos, colocando-os em relação de escala com os humanos. Está em vários filmes seus. Um dos mais belos momentos de O Caimão, naquele registo ambíguo mas muito sedutor, algures acima de um plano realista e dentro deste ao mesmo tempo, mostra uma caravela a ser transportada pelas ruas de Roma que irá servir na rodagem de um filme sobre a descoberta da América por Colombo. A manifestação do maravilhoso, do inesperado, do poético, no contexto pungente da história de Bruno Bonomo (acossado por divórcio, falência, bloqueio profissional) é a crítica mais incisiva que pode fazer-se a quem queria adormecer todo um país com uma fabricação pirosa e primária.
O Caimão sai vencedor não tanto pela denúncia mas pela afirmação da possibilidade da diferença. É sempre possível significar o carácter excepcional da vida humana, e cada vez mais raro de ver qualquer coisa que se apreende em contínua transformação. A vida reinventada para ser sobrevivida.
9.21.2012
Política do "Eu."
«(...) Labels are so important to us. "I am a Republican," we say. But are you really? You can't mean that when you switch parties you have a new "I." Isn't it the same old "I" with new political convictions? I remember hearing about a man who asks his friend, "Are you planning to vote Republican?" The friend says, "No, I'm planning to vote Democratic. My father was a Democrat, my grandfather was a Democrat, and my great-grandfather was a Democrat." The man says, "That is a crazy logic. I mean, if your father was a horse thief, and your grandfather was a horse thief, and your great-grandfather was a horse thief, what would you be? "Ah," the friend answered, "then I'd be a Republican."
We spend so much of our lives reacting to labels, our own and others'. We identify the labels with the "I." Catholic and Protestant are frequent labels. There was a man who went to the priest and said, "Father, I want you to say a Mass for my dog." The priest was indignant. "What do you mean, say a Mass for your dog?" "It's my pet dog," said the man. "I loved that dog and I'd like you to offer a Mass for him." The priest said, "We don't offer Masses for dogs here. You might try the denomination down the street. Ask them if they might have a service for you." As the man was leaving, he said to the priest, "Too bad. I really loved that dog. I was planning to offer a million-dollar stipend for the Mass." And the priest said, "Wait a minute, you never told me your dog was Catholic."»
Do único livro que coloco no mesmo plano das amizades, e tenho descurado a companhia do meu amigo Anthony de Mello. Como verdadeiro amigo que é recebe-me sempre de folhas abertas.
9.20.2012
Os mínimos, os maus e os nulos
Raymond Depardon **, Takeshi Kitano **, Theo Angelopoulos *, Andrey Konchalovskiy *, Nanni Moretti **, Hou Hsiao-hsien *, Jean-Pierre & Luc Dardenne *, David Lynch ●, Alejandro González Iñárritu *, Zhang Yimou **, Amos Gitai *, Jane Campion ●, Atom Egoyan **, Aki Kaurismäki **, Olivier Assayas **, Youssef Chahine *, Tsai Ming-liang **, Lars von Trier ●, Raoul Ruiz ●, Claude Lelouch *, Gus Van Sant ●, Roman Polanski **, David Cronenberg **, Wong Kar-wai *, Abbas Kiarostami *, Bille August ●, Elia Suleiman *, Manoel de Oliveira *, Walter Salles *, Wim Wenders *, Chen Kaige *, Ken Loach *.
32 reputados cineastas em serviços mínimos, e alguns nem isso.
9.19.2012
9.18.2012
9.17.2012
As marcas autorais
É tentador pensar até que ponto Caos Calmo (2008) será um filme mais de Moretti (que assina o guião com duas outras pessoas, e o protagoniza) do que de Antonello Grimaldi, o verdadeiro realizador, assim como noutro exemplo podemo-nos questionar sobre se a influência tida por Clint Eastwood em Na Linha de Fogo (1993), de Wolfgang Petersen, terá ido além do facto de Eastwood ser o actor principal?
Infelizmente a consistência de tais pensamentos fica-se pelo delírio próprio da cinefilia, que se justifica apenas pelo enorme carisma das personas cinematográficas de Nanni Moretti e Clint Eastwood, autores que tantas vezes, e ao mesmo tempo, consolidaram as suas marcas autorais em frente e atrás das câmaras.
Particularizando em Caos Calmo, e com base nas entrevistas que compõem os extras ao filme, fica a ideia de que Moretti só não o terá realizado por haver antes O Quarto do Filho (2001), com as profundas semelhanças que existem entre os dois projectos. Mas diga-se também que as palavras de Antonello Grimaldi dão conta de uma pessoa que soube controlar os resultados de Caos Calmo e os eventuais impulsos de Moretti de o tornar mais seu (segundo Grimaldi, Moretti, por exemplo, usa e abusa do número de takes, ou "txaques" como eles dizem).
Grimaldi é um profissional como, aliás, o é também Wolfgang Petersen, e só por uma questão prática arrumo os dois filmes por "autor" em vez de realizador.
Soixante-huitard
Não foi tarde (a minha primeira manif). Foi quando teve que ser.
(fotos de Cristina Valério e Tiago Cabral)
Adenda: Robert Doisneau, 1950.
9.14.2012
A honestidade de "Hope Springs"
O tipo de cinema dirigido ao americano médio, um semelhante do espectador médio em qualquer parte do mundo globalizado. Tudo se caracteriza pela mediania, com excepção do argumento de Vanessa Taylor e dos actores principais: extraordinários e muito bravos. Acima da mediania artística, destaca-se também a honestidade do projecto. Significa que o embraraço que Hope Springs/ Terapia a Dois suscita em quem vê, é o embaraço com que os protagonistas (actores) têm de lidar. Equilibrio numa linha ténue que divide a comoção do ridículo. Considero que haja quem nele encontre apenas o ridículo. Eu vi honestidade, repito. Capacidade de abordar o tema do filme exactamente pelo que é. Sem a sofisticação postiça (tem cançonetas pop a mais, de facto) em que o cinema é pródigo quando quer afirmar um carácter de excepção face às nossas vidas.
9.12.2012
Os pontos negros
É um pouco rebuscado dizer que Querido Diário/ Caro Diario (1993) é atravessado por três tipos distintos de pontos negros, que funcionam como o núcleo de cada segmento autónomo do filme, mas é apenas a interpretação que arrisco, sem risco de Moretti vir fazer-me a mim o que o vemos fazer a um crítico de cinema que havia escrito babugem diversa sobre diversos filmes.
Os pontos negros presentes em Querido Diário são o próprio Moretti, que na primeira parte, Na Vespa, ziguezagueia, próximo ou à distância, sempre de t-shirt preta, pelas ruas de Roma como se fosse a coreografia possível de quem não sabe dançar. No segundo episódio, Ilhas, a televisão é o ponto negro, estando ligada ou desligada, o que vem a ser explicado depois reportando a um dos mais brilhantes diálogos do filme, entre Moretti e o amigo que o acompanha num périplo pelas ilhas em busca de sossego para trabalharem: (“Sabes o que escreveu Hans Magnus Enzensberger?”, “Ehhhh…”, “Estou de acordo com ele.”). Enzensberger terá dito que a televisão é o nada, no sentido em que o que nela se vê é nada, no entanto, concluo eu agora, atrai-nos como o faz ao amigo de Moretti como se se tratasse de um abismo negro. No derradeiro segmento, Médicos, o ponto negro é bastante mais óbvio. É o tumor linfático que aparece a Moretti e o faz percorrer um conjunto de dermatologistas e alergologistas, ingerir dezenas de medicamentos, testar todo o tipo de terapias, até que se acerte no diagnóstico. Um tumor felizmente benigno ou não haveria Moretti depois de Querido Diário.
A originalidade do filme tem a ver ainda com o facto de baralhar os géneros cinematográficos em cada uma das partes, e o modo como o faz. Na Vespa não é inteiramente um musical, embora a música esteja sempre presente e seja muitas vezes o único elemento sonoro. Ilhas não é apenas e só uma comédia, e atrevo-me a dizer não inteiramente ficcional, pois sugere que Querido Diário seja produto de um impasse criativo que se tornou num impulso criativo. Médicos, a terceira parte, é a que mais directamente se refere à vida do realizador. É Moretti quem o afirma, lendo a partir do diário que escreve ao longo de todo o filme. Há mesmo imagens de uma sessão de quimioterapia que são documentário puro e duro. Claro que as idas a médicos e tudo o mais é reconstituição. Reconstituição que termina com a mais transparente das sabedorias. Beber um copo de água ao acordar faz bem. De resto podemos apenas apreciar a vida.
9.10.2012
A missa infinita
A possibilidade da personagem do professor Michelle Apicella ter “reencarnado” no filme seguinte na figura do padre Giulio, merece ser considerada. Aproxima-os, além do corpo de Nanni Moretti, uma certa rigidez moral, o comportamento anti-social de quem procura alienar-se do que vindo de fora perturba as convicções próprias, e algumas fixações juvenis que assumem a função de escape (tanto Michelle como Giulio não podem ver uma bola de futebol que de imediato desatam a correr na direcção dela).
A Missa Acabou/ La Messa è Finita (1985) é uma obra onde se equaciona a possibilidade de encontrar sentido para a vida: se ele está na realização individual autónoma ou na relação com os outros. Que espécie de amor libertará o homem trazendo-lhe alegria? Não há respostas definitivas, é o mistério da vida que prevalece. E a originalidade de um filme que ligando-se com o anterior, acrescenta-lhe profundidade e universalidade. A Missa Acabou é uma obra-prima.
9.07.2012
“Bianca”, um retrato da solidão
Caso bicudo este Bianca (1984). A começar pelo tom do filme. A música e a planificação configuram um policial, ou um filme de suspense psicológico, ou uma mistura de ambos, a fazer lembrar os Chabrol e os Truffaut da década de 70. Chegados ao liceu Marilyn Monroe (!) com o protagonista, o professor de matemática Michelle Apicella (Nanni Moretti), o registo torna-se burlesco, embora a carga malsã de Apicella paire como sombra que desce naquele contexto algo excêntrico e de cores garridas. A própria figura de Nanni é estranha. Recorda de modo igualmente enviesado o Helmut Berger do cinema de Visconti, com a maquilhagem evidente e o cabelo demasiado armado.
O professor Apicella parece movimentar-se à parte das restantes personagens. Como um vampiro diurno. À força de se querer proteger do mundo que não compreende, da felicidade que só entende enquanto valor absoluto, torna-se numa espécie de fugitivo. Figura suspeita. Mas o espectador passa-se para o lado dele porque Michelle é frágil; porque muitas das suas inquietações, medos, desconfortos, dizem coisas sobre nós também. Os crimes sucedem-se, apesar de o filme os tratar de forma sempre lateral ao veio principal da história, e então surge Bianca (Laura Morante) que faz por Michelle uma escolha, dir-se-ia, irracional, e este encontro só amplia a paranóia do protagonista, quebrado sob o peso das relações que espia e condena. Traições, poligamia, conformismo.
Quando Michelle se despede de nós comenta a tristeza que é morrer sem ter tido filhos. Os poucos sorrisos que o filme suscita, e o acumulado de risos nervosos, substituem-se nos instantes finais por uma impressão de asfixia. Bianca é até mesmo superficialmente um objecto amargo e triste.
Próxima paragem: La Messa è Finita/ A Missa Acabou (1985)
9.06.2012
Matar a sede
Sabem quando nos dizem que a água é a melhor bebida para matar a sede? É que é mesmo verdade.
Continua no Facebook.
9.05.2012
9.04.2012
A flor eterna
O Fiel Jardineiro/ The Constant Gardener (2005) retrata o trajecto de um adulto que se torna homem pela intervenção da mulher por quem se apaixona, mas só depois de a ter perdido para sempre. O percurso não é óbvio, apesar de ser menos confuso do que parece. Quando Justin (Ralph Fiennes), pacato diplomata que se mostra mais preocupado com as suas plantas do que com o destino do mundo, dorme pela primeira vez com Tessa (Rachel Weisz), que conhecera numa conferência sobre política externa em África, agradece-lhe como se a mulher o tivesse despertado para o que significa "sentirmo-nos vivos".
Quando Justin tem a prova (uma carta por ela escrita) de que Tessa lhe fora sempre fiel, tendo apenas manipulado os avanços de um colega de Justin para obter provas da conivência das autoridades britânicas para com as más práticas das grandes farmacêuticas, Justin passa a ter por único propósito completar o trabalho que Tessa não chegou a fazer, procurando redimir-se do facto de ter posto em causa a fidelidade da mulher.
Justin torna-se finalmente um homem, no sentido em que persegue uma justiça que o transcende e se dirige para a morte certa como último e eterno destino. Uma vez assegurada a denúncia indesmentível dos responsáveis, resta apenas a Justin o desejo de “voltar a casa”, o reencontro “algures” com Tessa. A mulher que lhe mostrara um sentido para a vida, deu-lhe também um propósito para morrer. O jardineiro entrega-se a uma fidelidade sem tempo à mais preciosa das flores.
9.03.2012
Blunderbuss!
Desta vez foi ao contrário do que costuma ser: darmos muita atenção à música para chegar ao concerto a saber(...) o mais possível. Passei o fim-de-semana a descobrir este disco, e apenas este disco de Jack White, sempre que era ocasião de escutar alguma coisa. Gostei logo de início, em particular da faixa que abre o disco, muito bem servida aqui por um vídeo de luxo: e todo de azul como Blunderbuss. Tenho a acrescentar que é uma chatice quando um tipo percebe que lhe começam a faltar peças. Pior só ter consciência de para onde elas foram. Blunderbuss é um álbum de ressaca, e a ressaca por si só nunca fez mal a ninguém: excepto aos que preferem fazer de conta que lhe passam ao largo. Ainda e sempre a falar de(sta) música.
Os que acabam cedo
Em modo sms: "2 estrelas e meia para o Oslo. É ao mesmo tempo rígido e derivativo, e vai perdendo qualidades pelo caminho."
Os que começam tarde
TRACY - You won't take me seriously just because I'm 17.
ISAAC - Yeah, exactly, because you're 17. I mean, it's ridiculous. You're 17 now. When you're 36, I'll be...
Tracy - 63.
Isaac - 63, right. Thank you. You know, it's absurd, you'll be at the height of your sexual powers. Of course, I will too, probably, but, you know, I'm a late starter.
Não é uma virtude, é uma condição.
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