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De entre os seus heterónimos o que sigo com maior atenção chama-se Vladislav Delay. Quando muitos perseguem o nobre propósito de fazer música, Delay ocupa-se da criação de obras de arte. Sons de betão, rugosidade nas pistas, camadas compactas mutiladas a seu bel-prazer. O resultado é quase sempre estranho: pressentimos uma máquina a organizar todo este bloco de pulsações e ruídos; sentimos igualmente o apelo sensual destes borrões de matéria sonora abstracta permanentemente reconfigurada. Não dá para concretizar muito mais em relação ao trabalho de VD. É um universo claramente à parte. Ficam impressões, superfícies que interpelam fisicamente o ouvinte, uma tensão em crescendo (pela repetição) que fascina. Faltam palavras.