10.15.2012

Um bom Oliveira é necessariamente um filme de Manoel de Oliveira


















O Gebo e a Sombra dá o que tem para dar nos vinte minutos iniciais, meia-hora. Uma filosofia para existir (desejar que nada aconteça e a aceitação da vida possível); interpretações justíssimas (a "revelação" de Leonor Silveira; Trêpa um pouco aquém dos restantes sem comprometer); a notável fotografia de Renato Berta, em cima de uma direcção artística despojada ao essencial, coincidente com a plainificação de Oliveira que contribui para a forte coesão do todo. Depois é ver até onde vai o estoicismo do protagonista e, em menor medida, o do espectador também. Respeitosas três estrelinhas.

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