Uma vida cheia de coisas boas (as que perduram) e más (as que dão publicidade), uma atitude obstinada para sabotar o talento, que felizmente serenou com o passar do tempo, figura temida pela sua aura de tipo perigoso e mal encarado, Mark Lanegan continua a ser um "músico de músicos", na medida em que o reconhecimento que lhe devido pouco sai da esfera dos melómanos. E esses gostam de tudo: dos Screaming Trees à carreira a solo, passando pelas estadas esporádicas com os Queens of the Stone Age. Cortesia salda-se com cortesia, e Alain Johannes (QOTSA, Them Crooked Vultures) gravou o novo disco de Lanegan, Blues Funeral, que sai no início de Fevereiro de 2012. Aguarda-se algo na linha de Bubblegum (2004), apesar da distância que os separa. Os condimentos são idênticos, está lá o Josh Homme também, e o Greg Dulli com quem o músico fez um óptimo CD, Saturnalia (2008), assinado The Gutter Twins. As boas notícias não se ficam por aqui, uma vez que Mark Lanegan virá tocar Blues Funeral para nós, dia 30 de Março no Hard Club (Porto) e na noite seguinte no palco TMN Ao Vivo (Lisboa). Um regresso em grande sob todos os aspectos.
