

© Lia Ferreira
Desde Ulisses, pelo menos, que o principal objectivo dos homens é ter uma casa para onde voltar. Qualquer desejo de rebeldia, apenas a forma tosca e imatura de lidar com esta dificuldade. A liberdade, em sentido amplo, é prazer que se gasta depressa. Nascemos para sermos cativos. O cativeiro do amor requer disciplina, e se aceitarmos que tem de ser assim a recompensa pode ser longa. Dentro de nós reside a liberdade duradoura que cabe a cada um explorar mesmo no retorno a casa. O fim da viagem marca o começo da aventura.