Eu e o cão não fomos ainda passear à chuva. Falta-me vê-lo aos pulos com a sua capa e capuz Luis Vuicão. Quando saímos juntos e converso com ele e sinto que o bicho me ouve, apesar da teimosia animal de querer cheirar sempre mais alguma coisa, o papel do homem de família mantém-se preenchido. Nunca tive animais sozinho, eles estão sempre ligados a histórias que me põem em relação com outros. Os animais são extensões do estado de completude. Fazem parte do todo e ligo-me a eles por isso. A sua aprovação importa, em certa medida. Dou-lhes rédea larga porque a liberdade de movimentos é aquilo que o meu coração pede. Sugere felicidade (cãoreografada). Os passeios são momentos de meditação pessoal minha (dele não sei). Mais perto do amor só na presença da pessoa amada. O Krishnamurti tem uma frase sobre isto.
