4.13.2009

Soares Franco é o meu presidente















Filipe Soares Franco parece dar-se mal com adeptos facciosos. À cegueira da paixão contrapõe a frieza dos números que a médio prazo ditarão quem sobreviverá no quadro presente e realista do planeta futebol. Aquilo que é tendência na história deste desporto em Portugal tanto pode vir a acentuar-se como a esbater-se. Isto é, não se sabe qual o número de clubes que sobreviverão à presente conjuntura, e os outros que implodirão fruto dos passivos e das consequências da falta de pagamento, nomeada e mediaticamente aos jogadores.
O debate a que assistimos ontem colocou frente-a-frente um homem bem preparado, lúcido e com objectivos definidos, e um outro homem, António Dias da Cunha, que já foi presidente do meu clube, que se mostrou francamente titubeante nas acusações que fez e que não soube secundar em nenhuma altura com a clareza das contas. Dias da Cunha personificou a paixão sem razão, a mesma que criou o "buraco" em discussão, que Filipe Soares Franco se propõe (e que já está a) tapar até que o fosso não ascenda além dos 100 milhões de euros, valor mínimo para que o clube consiga ser competitivo no futebol (que, não sejamos hipócritas, é o que mais interessa à generalidade dos sócios), sem se manter refém de juros bancários que o Sporting não conseguirá suportar.
Filipe Soares Franco foi sempre o meu presidente, e pouco me importam os golpes de teatro da sua eventual recandidatura. Eu quero que o Sporting seja gerido por quem perceba do assunto, por quem não se deixe levar por paixões clubistas que se esgotam em animosidades de fim-de-semana. Eu quero que que a próxima Assembleia Geral contribua para que as decisões fulcrais ao futuro do Sporting, sobretudo no futebol, não dependam de um imponderável número de associados, mas sim do conjunto de personalidades eleitas (e desejo que idóneas) que agilizem o que tiver de ser feito para que o nosso clube seja uma instituição séria, moderna e vencedora. E se tivermos que copiar o Futebol Clube do Porto nalgum aspecto da sua gestão e planeamento, não há que ter vergonha. Os modelos que triunfam é para isso que servem. Para serem reproduzidos e se possível melhorados. Viva o Sporting. Sempre!

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