1.09.2009

My fellow eastwoodians


















Desta vez o Mestre equivocou-se parcialmente com relação à real qualidade do material em mãos. O arranque de Changeling é de uma elegância extraordinária. Largas pinceladas que nos transportam para a época, e que traduzem rapidamente a profunda ligação entre uma mãe (a perfeita Angelina Jolie) e o seu filho. A música composta por Clint Eastwood é magnífica, arriscaria dizer que é o melhor do filme. Depois seguem-se as peripécias de uma história que testa a nossa credulidade, apesar de se tratar de uma história real. Que isto nunca saia de cogitação quer apenas dizer que o filme abandona a imponderabilidade do desenho largo e mais abstracto para se fixar nos pormenores figurativos. E aí Eastwood não consegue contornar o esquematismo do argumento e várias personagens surgem caracterizadas a traço grosso. Mas Changeling é ainda assim um filme muito digno, onde a mestria por vezes transparece.

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