10.25.2007

James. O melhor



De acordo com o senso comum do muito prático AllMusic, comprei de uma assentada o melhor que a discografia dos James tem para dar. Não cheguei ignorante aos CD's da banda: ouvi na adolescência por intermédio de amigos que eram fãs, ao contrário de mim, e bamboleei o esqueleto ao som dos principais hinos da banda. Agora é uma história totalmente diferente. Estou a ler o diário de Brian Eno, que lhes produziu dois discos e pelo menos um registo que ficará para a prosperidade: o sensacional Laid (que recomendo a qualquer pessoa, sem a mínima hesitação; neste caso, o problema será sempre de quem lhe ficar indiferente). Escutar os James em idade adulta traz o beneficio de valorizarmos mais do que apenas música e refrões: a banda de Tim Booth nunca se acomodou à escrita de letras fáceis, preferindo dar conta daquilo que pode em muito casos traduzir um sentimento de frustração, que só não será universal porque haverão sempre hipócritas demagogos que nos acenam com o caminho do sucesso. Esse é justamente o momento de lhes voltarmos costas, pormos um CD dos James a tocar (de preferência um destes quatro) e pedirmos a próxima caneca. Ou servirmo-nos do próximo copo.

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