10.29.2009

Louvor dos relativamente minor characters


















A pura intuição diz-me que Dave Grohl é um gajo porreiro. As fotografias que se vêem dele apontam na direcção da música que começou a fazer quando os Nirvana subitamente terminaram. Um rock middle of the road musculado de produção impecável com esporádicas incursões pela via acústica. Grohl é um competentíssimo baterista, toca guitarra e canta à frente dos Foo Fighters que passaram a ocupar parte do tempo das minhas audições. É fã confesso dos Led Zeppelin com quem aposto tocaria até de borla. Teve a retribuição deste amor quando John Paul Jones alinhou em participar no segundo disco do duplo-CD In Your Honor dos Foo Fighters, provável ponto de ignição para os Them Crooked Vultures, cujo registo de estreia chega nos próximos dias, que fazem alinhar ainda Josh Homme, outro dos convidados do mais ambicioso trabalho dos Fighters. Recorde-se em louvor da figura que Dave Grohl já havia participado ao mais alto nível no por muitos considerado melhor álbum dos Queens of the Stone Age, que é Songs for the Deaf. Grohl é um indivíduo a quem não se conhecem (ao que sei, do que li) gestos provocatórios ou atitudes estúpidas de estrela. Faz parte da galeria dos bons tipos do rock. Teve o seu episódio revolucionador com Nevermind, e uma vez apaziguado o fenómeno limitou-se a seguir com o trabalho. A música que veio a fazer depois e as colaborações que estabeleceu mantêm-se relevantes. A História é protagonizada por heróis, embora sejam os homens que a fazem. Estamos aí, Dave Grohl.

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