5.11.2012

Não é o Op Art, é São Francisco!


















Não é à toa que Judd Apatow cita Hal Ashby  cineasta em voga nos anos 70, que de alguma forma se eclipsou na década seguinte  como uma das suas principais influências. E as comédias produzidas por Apatow não diferem muito dos filmes por si dirigidos. Adultos que se portam como adolescescentes (sobretudo quando se trata do amor) e que se expõem com frequência ao ridículo. Situações que ampliam os equívocos das relações humanas. Filmes como The Five-Year Engagement (recuso-me a citar a tradução idiota para português), da mesma dupla, Nicholas Stoller e Jason Segel, que esteve na origem dos razoavelmente divertidos Forgetting Sarah Marshall e Get Him to the Greek (traduções escusadas também nestes dois casos), vêem-se com um tímido sorriso e um nó no estômago. E estão a ficar mais densos em termos dramáticos e a mostrar aquela capacidade rara que o cinema foi buscar à literatura, de dar a sentir o modo como o tempo passa e modifica os sentimentos amorosos. Isto existia nos filmes de Ashby, que devia ter algures a sua biblioteca.

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