5.28.2012

Au hasard Béla Tarr

A 14 de Junho, estreará pela distribuidora Midas, pela primeira vez em Portugal, um filme do cineasta húngaro Béla Tarr (n. 1955). Há muito que ouço este nome, tive uma ou outra ocasião, na Cinemateca, para descobrir a sua obra, mas por qualquer razão (a que a longa duração ou muito muito longa duração dos filmes não é alheia), acabei por deixar para mais tarde. Na passará de Junho próximo, por intermédio de O Cavalo de Turim (2011, 146 min.), e vou em busca de algo que o cinema deixou de proporcionar quase por completo: o vislumbre da transcendência que percebemos específica ao próprio meio de expressão. O cinema a transcender a vulgaridade audiovisual que nos cerca mais e mais.

O que se escreve neste artigo é bastante promissor: The Hungarian director Bela Tarr has said that “The Turin Horse,” his ninth feature, will be his last film. Could he change his mind? He is only 56, part of a generational cohort of filmmakers that includes Spike Lee, Olivier Assayas and the Coen brothers, who all retain an aura of youthfulness in middle age.
Mr. Tarr is the opposite. From the beginning there has been something ancient and ageless about his films. Even as he reflects the influence of earlier European modernists like Michelangelo Antonioni and Miklos Jancso, he has also seemed like a time traveler in modern cinema, an émigré from an older, middle-European world of literature and philosophy or, to go a little further, a medieval stone carver who happened to get his hands on a camera.

Se é para partir pedra, partamos então pedra com Mr. Tarr. E se puxar para dormir, paciência.

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