12.07.2009

Os melhores filmes estreados em sala em 2009


















Nenhum filme, como nenhum livro ou nenhum disco, ajuda verdadeiramente a viver. Mas os filmes e livros sobretudo, assim como alguns discos, que me interessam, são os que produzem a ilusão de que ajudam a viver. São objectos que iluminam aspectos recônditos dentro de nós, fazendo-nos sentir fortes e lúcidos, mesmo que por pouco tempo. Objectos que reforçam a nossa descrença nas virtudes da vida e, consequentemente, que fazem subir a nossa crença nos aspectos redentores do cinema, da literatura, e a um nível um pouco diferente, porque mais abstracto, da música também. Os filmes que me interessam têm relação directa com a qualidade das emoções que produzem, com o tipo de mundividência que assumem, e com a conduta moral de que dão exemplo. Até no seu realismo extremo, o cinema deve proporcionar uma qualquer transcendência: o despertar da nossa inteligência emocional; a empatia estabelecida com versões melhoradas de nós, projectadas a uma escala maior que a vida. Por ordem decrescente de preferência, foram estes os melhores filmes estreados que vi este ano.

1. Gran Torino, Clint Eastwood;
2. Duplo Amor, James Gray;
3. Ne Change Rien, Pedro Costa;
4. Tyson, James Toback;
5. Che: O Argentino/ Guerrilha, Steven Soderbergh;
6. Sacanas Sem Lei, Quentin Tarantino;
7. O Estranho Caso de Benjamin Button, David Fincher;
8. Inimigos Públicos, Michael Mann;
9. Os Limites do Controlo, Jim Jarmusch;
10. Morrer Como um Homem. João Pedro Rodrigues.

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