12.17.2009
Cinema. Doze escolhas para uma década (2000/2009)
A ordem não obedece a qualquer critério. A escolha pretende traduzir um critério pessoal.
Blood Work, Clint Eastwood (2002)
A escolha mais difícil na década de platina do maior de todos.
Luzes no Crepúsculo, Aki Kaurismäki (2006)
Permanentemente à beira da lágrima e do sorriso. Kaurismäki renova a força primitiva do cinema. Que nasceu clandestino e falou para o coração universal.
The Life Aquatic With Steve Zissou, Wes Anderson (2004)
Qualquer pessoa que tenha brincado sozinha em criança, com o Lego, por exemplo, perceberá tudo o que há para perceber no universo de Wes Anderson. Ele está em todas as personagens.
A Última Hora, Spike Lee (2002)
O grande filme que Martin Scorsese não nos deu esta década foi assinado por um discípulo seu. Haverá sempre alguém que faça tão bem como nós.
5x2, François Ozon (2004)
Mais do que um filme para mim. A origem de todas as histórias que poderia filmar. A besta negra do destino.
Sideways, Alexander Payne (2004)
Mulheres, amizade e vinhos. Bebo a tudo isso e em particular à mais inofensiva das ressacas. A dos vinhos.
Eastern Promises, David Cronenberg (2007)
Cronenberg encontrou em Viggo Mortensen o corpo mais fascinante que alguma vez trabalhou. Corpo onde a violência se torna bela. Portador de histórias que ficam connosco quando os filmes acabam.
Ne touchez pas la hache, Jacques Rivette (2007)
Não há outro como este na década, que reúna o que de melhor existe na literatura, no teatro, e claro está no cinema. Rivette fá-lo com enorme delicadeza. Iluminação intensa e casta da intimidade.
Ghosts of Mars, John Carpenter (2001)
Musculado e misterioso. Metaleiro e abstracto.
Climas, Nuri Bilge Ceylan (2006)
Descoberta do raro cineasta suficientemente pessimista para poder ser um esteta.
Le Stade de Wimbledon, Mathieu Amalric (2001)
Ninguém reparou nele, coisa que faz todo o sentido. De Trieste até Londres, por entre os pingos da chuva. Acompanhando Jeanne Balibar.
In the Bedroom, Todd Field (2001)
A melhor primeira obra que o cinema americano nos deu desde a data da sua produção. Um sobre-Malick.
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