6.17.2009
"Carta" aberta a Aldina Duarte
Aldina,
Tens uns lindos pés. Foi a parte do filme que vi duas vezes. Achei-o cheio de humanidade. Mas não tão livre como tu que tens o lado infantil que te protege e te solta. Uma coisa é o que fica do que mostras, outra o modo como te encenas e os cenários que escolhem para ti. Quando te ouço falar (mais até do que quando cantas, estás a ver?) há uma ficção construída com aquilo que de ti expões. Comove-me o que só a conversa revela, e que passa por perceber que encaras o que sentes como uma espécie de vocação. A tua consciência, cedo desperta, levou-te a idealizar a pessoa em que te tornaste. O processo decorre ainda. O trabalho do Manel enquadra o risco dessas emoções e pensamentos que nos assaltam em tempo real. E arrisca quando te filma a meio caminho entre o Paredes visto por Serge Cohen e a Maria do Mar do Leitão de Barros. Tomara aos degraus do Palácio do Penedo serem subidos por ti. Tomara a nós que subisses descalça.
Com amizade,
Ricardo.
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