7.17.2007

Promessa não encomendada



















Pois fica a promessa, estimado Nuno, de escutar Kurt Elling na primeira oportunidade: falha mais imperdoável ainda se tivermos em conta que a primeira referência que dele me fizeram surgiu da boca de Paul Wertico, talvez há uns dez anos atrás, em conversa após concerto do Pat Metheny Group de que o mesmo Wertico era baterista. O Paul, como bom cidadão adepto das melhores coisas da sua Chicago, tinha já Elling debaixo de ouvido e participaria inclusive nalgumas gravações deste. Em contrapartida, pedia-te, caso não conheças já, para partires à descoberta desse outro imenso crooner, Mark Murphy que, medindo a responsabilidade de cada letra, me atrevo a considerar o Clint Eastwood do jazz vocal. Isto porque Murphy interpreta cada balada, todos os standards, como se habitasse algures entre o mundo dos vivos e a terra dos mortos. É que é mesmo tão sentido, despojado e espiritual como o descrevo. Escuta e verás.

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