4.27.2010

Sugestão do vendedor


























A Fnac Colombo apresentava este domingo no discreto escaparate destinado às sugestões dos vendedores (que teve em tempos outra visibilidade), o penúltimo CD dos Mastodon, banda norte-americana de metal progressivo. O interesse de ali me ter cruzado com Blood Mountain deve-se a que até há poucos dias isso não despertar interesse algum. É que chego a Blood Mountain não por aquela sugestão do vendedor, mas sim do músico que determinara a anterior compra.
Foi a participação de Josh Homme (dos Queens of the Stone Age, Kyuss e Eagles of Death Metal) numa das faixas, Colony of Birchmen, que levou às leituras que conduziram ao disco, monumental propulsão de riffs e bateria com momentos de intensidade quase insuportável para ouvidos menos calejados (caso dos meus), alternados com extensos movimentos melódicos que põem a claro os recursos técnicos e sonoros do quarteto de Atlanta. Os Mastodon são o exemplo de banda que praticando embora um som radical, pode ser apreciada por iniciados no género (eu...), desde que tenham estagiado nas variantes extremas do rock (meu caso).
Josh Homme declara-se fã dos Mastodon em gravação escondida no final de Blood Mountain e após um longo silêncio. Terá diferentes razões, estando as afinidades notadas nos desvios do som Mastodon por terrenos do doom metal e do stoner rock, com a música de Homme nas principais identidades atrás enumeradas, no meio dessas. A sugestão do vendedor foi recebida como caução do risco por troca com o convite ao impulso de arriscar. O entusiasmo da música sempre um acto de solidão algures acompanhada.

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