Estive ontem, como sempre, em Alvalade, e despedi-me secretamente do campeonato. O que vi foi tão mau que me deixou sem outra reacção. À medida que o encontro se aproximava do fim, e que o resultado de 1-2 parecia facto consumado, apenas os adeptos do Braga se faziam ouvir.
Alguma coisa tem de mudar, e já, neste Sporting. Ou muda o discurso utópico que esta época corre o risco de não garantir sequer que o Sporting seja o primeiro dos últimos (dos pequenos), ou se produzem os acertos possíveis (?!) no plantel e equipa técnica: Paulo Bento, ausente do banco por castigo nas duas jornadas inaugurais, está preso pela franja que o popularizou. Quando viajo de Metro e escuto nas estações a rábula publicitária em que alguém mimetiza o discurso do nosso treinador, engulo em seco a revolta de o ver isolado numa tarefa cada vez mais ingrata. Bento entregue ao ónus de várias épocas esforçadas de uma história cinzenta com momentos de glória efémera. Não queremos os títulos pelos títulos, queremos resultados desportivos consolidados!
Arrisco dizer que o capital de esperança obtido na recepção à Fiorentina (melhor a exibição que o empate), pode ficar em breve alguns palmos abaixo de terra com o resultado que viermos a obter em Florença. A nossa equipa (do Sporting) parece ter iniciado o ano tão espremida como terminou a época anterior. Há jogadores que entram acusando rapidamente limitações físicas (caso de Caicedo); e jogadores de que tememos saber o porquê de terem deixado de ser opção (caso de Grimi).
Os apreciados méritos da juventude e da lusitanidade do plantel, tombam por relva à primeira contrariedade: o Braga, menos forte do que na era Jesus (valha-nos Deus), deu a sensação de ter o jogo sempre controlado. E nós parecíamos um bando de galinhas tontas e frangos cansados. A coluna vertical constituída por Polga, Moutinho e Liedson, está vértebras aquém das necessidades. Que são grandes e urgentes. A recepção ao Braga foi um salve-nos quem puder. Apesar do voluntarismo de Miguel Veloso, a resposta em campo foi muda. Caberá aos mais altos responsáveis do Sporting uma reacção diferente. É para ontem.
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