1.09.2008
Notas soltas a desenvolver noutro lado
1. Distortion é título que plasma de novo e pela terceira vez o conceito. Depois das "69 canções de amor" e da totalidade do alinhamento preenchida com temas iniciados com a letra "i", a distorção - porosa, como nos VU - preenche as 13 músicas do novo disco. 2. Várias destas canções (talvez metade do disco, por aí) tem qualidade para constar do cancioneiro de referência (o triplo-CD de 1999) e algumas estão - com jeitinho... - entre as melhores de sempre: Please Stop Dancing, Drive On, Driver (espécie de primo afastado do Papa Was a Rodeo), Too Drunk Too Dream, I'll Dream Alone. 3. A distorção não é nova no universo dos Magnetic Fields: existe pelo menos desde esse precioso Ep The House of Tomorrow de 1992, bem no início da discografia da banda. 4. A distorção puxada à frente impede de ouvir tudo da primeira vez. É de evitar a introdução a Distortion por meio de auscultadores, vulgo "edefónes". Falo por experiência própria. Estas canções, sufocadas de ruído (como naquela sensação de escutar música de madrugada, com os tímpanos cansados de tanto decibel e a cabeça atordoada por demasiado etanol), precisam mais de respirar do que quaisquer outras. 5. Quando sentimos como que devoção por um projecto musical e o seu último disco não nos arrebata de imediato, há a tendência para acreditar que se trata de um grower. Coisa que Distortion rápido se encarrega de provar ser verdadeiro. 6. O disco é bom como o caraças - e falta espiolhar com detalhe a lírica do mesmo: 4 estrelas.
Gostava de pedir à Sara que pusesse a tocar no blogue dela a canção Please Stop Dancing, que tenho a certeza será das suas favoritas também. Pode ser?
À venda na próxima semana.
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