1.29.2008

Goliardo honorário


















Gianmaria Testa. Não conhecem? Eu também desconhecia. Perguntei na ocasião ao goliardo de serviço a quem pertencia aquela voz que à distância que separava o jardim, onde nos encontrávamos, do bar, de onde o som provinha, me parecia ser a de Paolo Conte? Santa ignorância: confundir o que não se confunde. Jamais. A música italiana não é apenas Roberto Murolo, Conte, Vinicio Capossela, Pino Daniele, Enrico Rava, Paolo Fresu, Pieranunzi, Ramazzotti (aaarrgh...), Jovanotti (auchhh...), Riccardo Cocciante, Avion Travel (que mais haverá para descobrir), basta ir aos sítios certos para comprovar as limitações de uma bagagem nunca inteiramente universal. Testa é daqueles que vale mesmo a pena descobrir. Escritor de canções propriamente dito, com uma bota na cidade e o outro sapato no espaço rural, olhos postos no mar, na natureza que encerra toda a sabedoria que o homem, cheio dele próprio, veio a esquecer por preguiça, por distração ou por deformada educação. Eduquem-se pela música e pelo vinho, meus caros. Isto se quiserem descender da categoria de goliardo honorário. Melhor que isso: o gozo não está na obtenção de títulos mas no prestar das provas. Começando por onde comecei: Montgolfières. Aliás, por onde me encontro ainda.

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