1.13.2010

Um raio verde
















Em O Raio Verde (1986), que ontem vi pela primeira vez e no modo sentimental, uma mulher persiste no desejo de ter uma história de amor à sua maneira. Não a vemos exprimir o que quer, antes a resistir ao que se lhe apresenta. O filme é quase só uma situação de impasse, que ocorre durante as férias de Verão. Histórias de amor que idealizamos e que nos acontecem, são como raios verdes: impressão óptica que muito ocasionalmente se produz, quando o derradeiro firmamento da luz solar desaparece no horizonte. Momentos raros. Quase milagres. Rohmer viria a filmar outra mulher assim em Um Conto de Inverno. Maravilhas que justificam todas as estrelas.

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