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Afterschool, de Antonio Campos. Um robot analisa ratos num laboratório. O robot é o realizador, e por extensão projectiva o protagonista. Os ratos são os alunos de um liceu privado mais as famílias ausentes e supõe-se que disfuncionais. Suposto filme de tese, Afterschool está cheio de enquadramentos esquisitos, planos fixos invadidos pelo fora-de-campo, e imagens dentro das imagens, numa articulação tipo cubo de Rubik. Kubrick, Haneke ou Van Sant fizeram mal a algumas pessoas, e eu devia ter sabido antecipar a ratoeira. Desilusão para lá.
[isto é um excelente texto de cinema, daqueles para abrir a pestana sobre o mesmo filme].