5.28.2009

Olha lá


















Isto é redundante para quem esteja a par da minha primeira semana de estada no Facebook, mas vai assim mesmo. Não escondi que a adesão à tal rede social tinha por objectivo divulgar cada uma das etapas que, espero, tenham por desfecho o concerto de Marcelo Camelo, em Lisboa, no dia 5 de Agosto. Faço o que posso, costurando uma rede de contactos que permita tão auspiciosa reunião. Camelo, várias vezes ressalvei, fez parte dos Los Hermanos, grupo rock brasileiro que durou uma década e terminou no topo sem alarido. Os dois cérebros protagonistas, Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante, estão activos e recomendam-se. Há pelo menos 300 pessoas que já compraram o CD Sou, de Marcelo Camelo, entre Janeiro e Maio, em alguma das Fnac, informação oficial com selo de garantia. O disco de Camelo demarca-se em parte do som Los Hermanos, mais intenso e rebelde, fixando-se num impressionismo musical que tem tanto de cosmopolita como de naturalista. Marcelo Camelo compõe com o mesmo grau de sofisticação literária e musical que usava nos Los Hermanos, trocando muita de electricidade por um pendor acústico e por uma estética que não se encerra. As canções são maravilhosas, e pairam como imagens que nunca se revelam totalmente (impressões, memórias, esquiços, vocês percebem onde quero chegar). Uma doçura lúcida que espero o público de Lisboa possa encontrar em Agosto, e com todo o destaque que um talento como o de Marcelo Camelo justifica. Eu até achava que exagerava, mas vozes amigas confirmam o meu entusiasmo. Isto é tão bom quanto eu acredito que seja. Mantenham-se por aqui, e não se aborreçam. Em Agosto a festa é nossa.

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