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Benicio del Toro é um actor imenso, e isso (como sempre) observa-se nos simples detalhes. Ernesto 'Che' Guevara toma Cuba de assalto de braço ao peito, e a dado momento numa conversa del Toro faz a coisa mais natural do mundo: com a caneta enfiada dentro do gesso, vai-se coçando enquanto fala.
Também gostei desta primeira parte do filme de Soderbergh, que aplica o espírito do socialismo ao próprio acto de filmar, dando origem a um objecto austero (sério-sisudo, de um tosco estilizado, matéria em bruto) até no modo como projecta o carisma do líder. Melhor dizendo, o carisma da estrela.