2.11.2010
Happy meal
Vão ver este filme. Não tenham pressa mas vão ver o filme. Em afortunada hora o velho Woody foi ao baú buscar material adiado que é clássico Woody Allen. O seu filme mais divertido desde Bullets Over Broadway (1994). Diversão pura, sem vislumbre de amargura a pairar sobre ela. Talvez seja reflexo das saudades de filmar em Nova Iorque? Whatever Works sacaneia o politicamente correcto a cada página – a escolha de Larry David para protagonista foi outra grande inspiração –, filmando a cidade que parece ter o condão de revelar a nossa verdadeira natureza (é do cinema!). Onde a ideia de felicidade se traduz no motto "express yourself". Podia ser peça de teatro, de tal forma se nota a estrutura de três actos – em escolha reduzida de décors –, introduzidos pela chegada de novo personagem: primeiro Melodie (Evan Rachel Wood, a fazer lembrar Shirley MacLaine em Some Came Running mais um pouco de Marilyn), depois a sua mãe, e por último o pai. Um filme que se vê com sorriso que não larga, e pela trela: sempre que Rachel Wood está no plano, o olhar é conduzido pelos seus movimentos tal como os cães que ela passeia. Salivamos, pois, e ainda soltamos a saudável gargalhada.
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