8.17.2006

monguebeat









Existe uma dimensão rarefeita nalguns temas que compõem o CD fala mongue dos München (ed. Autor) que se demarca do som de "orquestra de café" com que o grupo é habitualmente conotado. Mariana Ricardo [na imagem com Bruno Duarte] explicou-me que são experiências que a banda arrisca apenas em estúdio: talvez, penso agora eu, porque seja ténue a fronteira entre o que pode resultar relevante ou irrelevante. Quer isto dizer que importa descobrir o disco, fala mongue, mesmo para quem, ou sobretudo para aqueles que do grupo guardam a ideia de projecto lúdico, iconoclasta, descontraído. Os München "versão-estúdio" descobrem ambientes de experimentação que exigem maturidade na escuta. De uma para outra música transformam-se em agrupamento de câmara contemporâneo de bolso. Surpresa.

Arquivo do blogue