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E vão três. Quando por alturas de Gran Torino (2008 parece tão distante) se anunciava que o filme teria a última aparição de Clint Eastwood à frente das câmeras, não era suposto que atrás delas se verificasse um eclipse quase equivalente. Fez o filme sobre Mandela a pedido do amigo Morgan Freeman. Fez a cortesia aos franceses e a uma espécie de boa consciência global em Hereafter. Filma agora a história do amor secreto entre dois homens que foram figuras-chave do FBI ao longo de um extenso período do século XX. De tanto esticar a agenda liberal o cinema de Clint Eastwood tornou-se uma caricatura de si mesmo. J. Edgar será o seu Aviador (2004), recordando a contribuição de Scorsese para o museu de cera das imagens em movimento. O que se seguirá? Um filme em 3-D? Para quando a aguardada ressurreição do Clint Eastwood realizador? Urge cada vez mais um "back to basics".