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Há dois elementos que causam forte perturbação no fim da quarta temporada de Dexter. O primeiro diz respeito ao último crime que vemos, faz lembrar o final de Se7en de David Fincher no seu grau de macabro, e liga-se ao segundo elemento pelo modo como a história de Dexter se repete, com a inversão de papéis entre a outrora criança agora pai, com um fatalismo não menos mórbido que remete para as nossas vidas que em tantos aspectos reproduzem comportamentos e consequências das vidas paternas: e quanto mais procuramos a isso fugir mais atolados ficamos no ciclo de eterna repetição. Por mim daria aqui por concluída a série, mas os produtores e os senhores da Showtime foram de outra opinião.