1.04.2012

Dentro do preto e branco




















Entre os olhares de Jocelyn Bain Hogg (imagem de cima), fotógrafo, e o de Robin Schwartz, fotógrafa, pode-se descrever um arco que vai da violência à doçura. É o que as imagens sugerem e corresponde a instintos estereotipados que relacionamos mais directamente com os homens e as mulheres. Se entrarmos nos territórios dos dois profissionais ficamos a saber que ele privilegia universos extremos (tecnicamente extremos até, como na série de close-ups intitulada Muse) e ela opta por cenários domésticos e inofensivos. Então onde se ligam as duas imagens para além do facto de mostrarem cães numa das metades do enquadramento? É que não obstante as aparentes violência e doçura são imagens que como todas estabelecem uma relação. E que pressupõem uma educação. Os animais reagem a alguém que já conhecem e que não temem porque confiam. São por isso imagens afectivas que significam mais que as aparências. São estas imagens que fazem parar a nossa atenção. O seu sentido imediato abre para outro sentido.

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