7.12.2011

Jordan: The Comeback II



O melhor da minha juventude estava guardado neste disco, Jordan: The Comeback. Pensava eu. Quando voltei a escutá-lo recentemente não se abriu nenhuma caixa de Pandora. A madalena humedecida aos ouvidos não surtiu o efeito recuperador. Talvez porque sejamos nós que guardamos as memórias que julgamos ter deixado em lugares e nos objectos. Isto tem lógica, o contrário é que não. Tinha-me apercebido disso com os cheiros. Sou muito particular com cheiros. Dou por mim a persegui-los por aí na esperança que levem a algum lado bom, e esses perfumes acabam muitas vezes por me conduzir de volta até mim. Distraio-me do meu próprio cheiro. Procuro nos outros. Terei capacidade exclusiva para agir cá dentro sobre motivos que em várias ocasiões se evaporam antes de dizer alguma coisa? Terei sido agente do melhor da minha juventude? Só tenho dúvidas e uma única certeza. As canções do disco continuam a ser magníficas. Devia bastar.

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