A introdução de Bert Jansch à geração indie, junto com a escapadela inaugural de Isobel Campbell e Mark Lanegan. No primeiro caso tomo contacto com uma espécie de João Gilberto escocês: Jansch é um histórico da folk britânica (ex-Pentangle) que se distinguiu, para os que alimentaram o culto, pela técnica individual de tocar guitarra acústica e pelo estilo desafectado do seu canto. Aqui, em 2006, foi apresentado à legião urbana de seguidores de Beth Orthon e Devendra Banhart, que por sua vez acompanham este regresso. Já a paixão clandestina de Isobel e Mark faz-se de canções que espalham intemporalidade (que vão além do nosso tempo e do deles), e o par reproduz um modelo de charme que em anos recentes vimos aplicado nos duetos de Nick Cave (com Anita Lane ou Kylie Minogue) ou de Stuart Staples (nas estupendas "leaving songs"), que terá por momento inspirador a discografia de Nancy Sinatra com Lee Hazlewood, que confesso conhecer mal. Mark Lanegan está impecável, tal como em outros contextos onde eu o descobrira. A sua voz tem aspereza de vida, e isso em rigor é o que lhe pedem as canções da senhora Campbell.
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