12.04.2012
Pós-jazz
Motion é um título feliz porque diz tudo o que esta música é sem acrescentar a palavra que viria depois ("pictures"), no que passava a traduzir o que a mesma música desejaria poder ser. O pianista e compositor encontrava-se cada vez mais mergulhado nas suas imagens (fotográficas até então) e em filmes imaginários. Um músico de jazz que parecia querer comunicar que no seu íntimo existia a vontade, no mínimo a vontade, de se tornar realizador. Motion deixa-nos com a sugestão dos filmes que ele poderia fazer. É ainda música, é ainda jazz, mas é também já o projecto utópico de pretender exercer uma arte com os instrumentos de outra, antes de possivelmente para esta se mudar. Ninguém saberá o que Bernardo Sassetti poderia "filmar" a seguir. Deixou Motion e um conjunto de interrogações e possibilidades por cumprir.
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