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Para descrever o universo contemporâneo de relações familiares, afectivas e circunstanciais virado de avesso, Don Roos (também autor do argumento) responde com um filme cheio de dobras e comentários (e cinismo, e egoismo e amoralidade...) que é tão devedor dos enormes sentido de observação e excentricidade da melhor ficção televisiva actual como de títulos do cinema de fresca memória que são Os Americanos de Altman (via Carver) e Felicidade de Todd Solondz. A América (o mundo!) segue disfuncional mas recomenda-se. Este Happy Endings - referência às sessões de massagem que terminam no orgasmo da(o) massajada(o) - é, a par de A Lula e a Baleia, o melhor filme "novo" estreado recentemente.