12.09.2010

Teatro





















Tributo ao melhor filme que vi esta semana, The Mother (2003) do britânico Roger Michell, e ao seu (digo eu) modelo espiritual e até mesmo carnal, A Streetcar Named Desire (1951). Kazan filmou Tennessee Williams, ao passo que Michell transpõe um guião de Hanif Kureishi cuja excelência das interpretações ilumina enquanto grande texto "de" teatro (pode ser que venha um dia a fazer o trajecto inverso). The Mother tem muito mais que o revestimento polémico da história de duas mulheres – mãe e filha – que disputam o mesmo homem. É sobre sentirmo-nos jovens quando não o somos mais. Uma derradeira ilusão antes do fim. A mesma ilusão de sempre e aquela que magoa sempre mais da última vez.

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